Que mais fez José no Egito?? Ele foi intérprete de sonhos. Ele participou de forma ativa no sonho de Faraó sobre as vacas gordas e as vacas magras.
Qual foi a participação de José??
Ele ofereceu a Faraó uma forma de passar pelos sete anos de fome de uma forma SÁBIA.
Ele foi designado para colocar em prática esta sábia forma de superar aquela situação adversa.
Quem sairia perdendo??
Quem sairia lucrando??
Deveria haver perdedores e vencedores após esta situação adversa??
Qual ara a situação adversa??
Vejamos novamente:
(Gênesis
41:25-36) 25 José disse então a Faraó: “O sonho de Faraó é
apenas um só. O que o [verdadeiro] Deus está fazendo, ele tem
comunicado a Faraó. 26 As sete vacas boas são sete anos.
Igualmente, as sete espigas boas são sete anos. O sonho é apenas um
só. 27 E as sete vacas descarnadas e ruins que subiram após
elas são sete anos; e as sete espigas vazias, abrasadas pelo vento
oriental, mostrar-se-ão sete anos de fome. 28 Esta é a coisa
que falei a Faraó: O que o [verdadeiro] Deus está fazendo, ele tem
feito Faraó ver. 29 “Eis
que hão de vir sete anos de grande fartura em toda a terra do Egito.
30 Mas, após eles virão certamente sete anos de fome,
e
certamente será esquecida toda a fartura na terra do Egito e a fome
simplesmente consumirá o país. 31 E não mais se conhecerá a
fartura que antes havia no país, por causa dessa fome posterior,
pois será por certo muito severa. 32 E o fato de que o sonho
foi repetido duas vezes a Faraó significa que a coisa ficou
firmemente estabelecida da parte do [verdadeiro] Deus, e o
[verdadeiro] Deus se apressa em fazê-lo. 33 “Portanto,
PROCURE
AGORA FARAÓ UM HOMEM DISCRETO E SÁBIO, E CONSTITUA-O SOBRE A TERRA
DO EGITO.
34 Atue
Faraó e designe superintendentes sobre o país, e
tem de recolher um quinto da terra do Egito durante os sete anos de
fartura. 35 E
reúnam eles todos os mantimentos destes vindouros anos bons e
amontoem cereais, sob a mão de Faraó, para mantimentos nas cidades,
e têm de resguardá-los. 36 E
OS MANTIMENTOS TÊM DE SERVIR DE SUPRIMENTO
para o
país durante os sete anos de fome que haverá na terra do Egito,
para que o país não seja decepado pela fome.”
Bem, O Pai Celestial presenteou os humanos com uma condição ímpar. O Pai os presenteou com a informação antecipada quanto ao que ocorreria nos quatorze anos à frente. Sete anos de fartura e sete anos de fome. O que fazer depois de estar de posse de uma "informação privilegiada" como esta?? Deviam tirar proveito?? Que espécie de proveito deviam tirar?? Que lição poderia ser aprendida com tal situação ímpar??
Vamos ver o que José fez e o resultado prático do comando exercido por ele nesta situação.
Um
caso de "bênção" especial ocorreu em
toda a terra do Egito, quando houve
superabundância durante sete anos. Também se previu igual período
de carência. O que fazer neste caso?? Acumulou-se a grandiosa safra
em armazéns. Acumulou-se visando o bem estar futuro. O que aconteceu
no período de carência? A carência foi para todos, não só para o
Egito. O que aconteceu então?? Qual foi a atitude tomada por aquele
que estocou para o período de carência?? Porque passou ele a
estocar?? Passou ele a "partilhar" o pão com os carentes??
Será que passou a negociar para tirar vantagem da situação
desafortunada dos demais??
Alguém
tinha a privilegiada informação sobre o que ocorreria nos próximos
quatorze anos. O que fazer, estando de posse de tal valiosa
informação??
Não
se pode deixar passar por alto este detalhe: Os súditos de Faraó
foram obrigados a fornecer gratuitamente a Faraó um quinto do
fruto de seu trabalho durante sete anos. Os súditos foram obrigados
a dar para Faraó um quinto dos cereais que eles produzissem e
colhessem.
Primeiro
aconteceu a troca de dinheiro por comida. Aí, acabou todo o
dinheiro. Agora o Egito tinha a comida e todo o dinheiro que havia,
enquanto que ao mesmo tempo persistia a fome para todos os demais. O
que aconteceu então?? Bem, passou-se a trocar a comida pelos
rebanhos, até que não havia mais rebanhos para trocar. Agora o
Egito tinha a comida, todo o dinheiro e todos os rebanhos. O que
aconteceu então?? Aí, passou-se a trocar a comida pelas terras
junto com os proprietários destas terras, passando a torná-los
escravos. Agora o Egito tinha a comida, todo o dinheiro, todo o
rebanho, todos os terrenos e todos os homens como escravos. Foram
assim mantidos perpetuamente como escravos trabalhando nas terras que
agora pertenciam ao Faraó tendo de pagar o equivalente a 1/5 (um
quinto) de toda a produção para Faraó, que continuava a aumentar a
sua riqueza. Consequentemente, Faraó passou a DOMINAR sobre todos.
Depois
de sete anos em que os súditos forneceram gratuitamente a Faraó
parte do fruto do seu trabalho, (um quinto) estes levaram alguns anos
para se tornarem definitivos escravos de Faraó. Deixaram de ser
livres súditos e passaram a ser escravos.
A
informação privilegiada foi usada para transformar aquelas pessoas
que eram livres, em escravos daquele que recebeu a informação. Se a
informação tivesse sido repartida, partilhada, pelo menos entre os
egípcios, todos os egípcios passariam pela fome e continuariam
livres depois dela.
No
entanto, o resultado foi outro. Passou a haver grande concentração
de riqueza e poder nas mãos de Faraó, pois ele era dono de tudo e
as pessoas passaram a ser escravos de Faraó, exceto os sacerdotes.
Estes continuavam com seus terrenos e não eram escravos de Faraó.
Isto
é o que ocorre quando aquele que tem, resolve tirar vantagem da
carência dos em sua volta, lucrando com a necessidade dos demais.
Certamente ele enriquecerá mais e mais, levando os outros a
aumentarem sua carência até estes chegarem ao estado de escravidão.
Certamente é uma lição que ensina o resultado prático de
quando não é usado o altruísmo. Um clássico exemplo de ganância.
Quando os egoístas resolvem ser generosos, o resultado é a
escravidão dos demais. Misericórdia?? Dar pão em troca da
escravidão, que tipo de misericórdia é esta?? Um detalhe
adicional: Foi o trabalho dos próprios egípcios que produziu o
cereal estocado. Qual foi a paga? O resultado final foi a escravidão
para aqueles que produziram e entregaram sua produção para Faraó.
Esta é a misericórdia humana.
Assim
nos foi contada esta parte da história:
DAR
EM TROCA DE USURA - O ALIMENTO DADO AO FAMINTO, À BASE DE TROCA.
Enriquecer
mais e mais com a fome alheia - um modelo de ganância, um modelo de
insensibilidade.
(Gênesis
47:13-26) 13 Ora,
não havia pão em todo o país, porque a fome era muito severa; e a
terra do Egito e a terra de Canaã ficaram exauridas em resultado da
fome. 14 E
JOSÉ JUNTAVA TODO O DINHEIRO que
se achava na terra do Egito e na terra de Canaã pelos cereais que as
pessoas COMPRAVAM;
e José trazia o dinheiro à casa
de Faraó. 15 Com
o tempo se esgotou o dinheiro da terra do Egito e da terra de Canaã,
e todos os egípcios começaram a vir
a José, dizendo:
“DÁ-NOS
PÃO! E
por que devíamos morrer na tua frente por se ter acabado o
dinheiro?” 16 José
disse então:
“ENTREGAI
O VOSSO GADO e
eu vos
darei PÃO
EM TROCA do
vosso gado, se o dinheiro se tiver acabado.”
17 E começaram a
trazer seu gado a José; e José dava-lhes PÃO
EM TROCA dos
seus cavalos e da criação do rebanho, e da criação de gado vacum,
e dos jumentos, e abastecia-os de pão em troca de todo o seu gado,
durante aquele ano. 18 Aquele
ano chegou gradualmente ao fim, e começaram a vir a ele no ano
seguinte e a dizer-lhe: “Não o ocultaremos do meu senhor, mas o
dinheiro e a criação de animais domésticos esgotaram-se para meu
senhor. Nada
resta diante do meu senhor senão os nossos corpos e o nosso terreno.
19 Por que devíamos
morrer diante dos teus olhos, tanto nós como o nosso terreno? Compra
a nós e o nosso terreno por pão, e
nós, junto com o nosso terreno, nos
tornaremos escravos de
Faraó; e dá-nos
semente para que vivamos e não morramos, e o nosso terreno não
fique desolado.” 20 José
comprou assim todo o terreno dos egípcios para Faraó, porque os
egípcios venderam cada um o seu campo, pois a fome se apoderara
deles fortemente; E
O PAÍS VEIO A SER DE FARAÓ. 21 Quanto
ao povo, transferiu-o para as cidades, de uma extremidade do
território do Egito até à sua outra extremidade. 22 Somente
não comprou o terreno dos sacerdotes, porque as rações dos
sacerdotes provinham de Faraó e eles comiam as suas rações que
Faraó lhes dava. É por isso que não venderam seu terreno. 23 José
disse então ao povo:
“Eis que hoje comprei tanto a vós como o vosso terreno para Faraó.
Aqui há semente para vós, e tendes de semear com ela o terreno.
24 Quando
tiver resultado em produtos, então
tereis de dar um quinto a Faraó, mas
quatro partes se tornarão vossas, como semente para o campo e como
mantimento para vós, e para os que há nas vossas casas, e para os
vossos pequeninos comerem.” 25 Por
conseguinte, disseram: “Preservaste-nos a vida. ACHEMOS
FAVOR AOS OLHOS de meu senhor e
nos tornaremos
escravos de
Faraó.” 26 E
José passou a fazer disso um decreto até
o dia de hoje, com respeito aos bens de terra do Egito, para
que Faraó tivesse até o montante de um quinto.
Somente o terreno dos sacerdotes,
como grupo separado, não se tornou de Faraó.
Eu
salvo você da morte e você se torna meu perpétuo escravo para
aumentar ainda mais a minha riqueza. Eu sou um homem muito generoso,
pois não deixei você morrer de fome. Agradeça a Deus pela minha
generosidade. Ora, se os próprios egípcios
que produziram e forneceram o cereal gratuitamente a Faraó durante
os sete anos, foram transformados em escravos, o que dizer dos
residentes forasteiros?? Aqueles que chegaram no Egito na condição
de residentes forasteiros, foram transformados em escravos em face do
tratamento de agiota que foi imposto aos filhos de Jacó. José, um
hebreu, foi o criador e executor de tal modelo e de tal decreto que
beneficiou a Faraó, enriquecendo-o ainda mais e empobrecendo e
escravizando o povo. Serem transformados em perpétuos escravos foi
considerado como um ato de generosidade.
Quer ler mais a respeito deste interessante assunto??
Vá até www.bondadedejeova.com.br/051agiota.htm
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